Membro do Governo com défice democrático?


A história vem toda contada no Jornal de Notícias: “Ascenso Simões, secretário de Estado da Administração Interna, exigiu, esta semana, que fosse retirada uma edição completa do Jornal de Notícias de Vila Real, ao qual terá concedido uma entrevista de três páginas, pouco tempo depois de a edição estar à venda nas bancas.”
O rocambolesco acontecimento é real e passa-se numa pobre região de um país com mais de 30 anos de democracia.
Ao que parece, o ilustre representante do povo português, eleito pelo sistema democrático de um estado de direito, não gostou que a entrevista fosse publicada sem que a mesma fosse previamente sujeita ao sentido estético da sua leitura, e por esse motivo mandou retirar das bancas 2750 exemplares do Semanário Regional.
Agora, o secretário de Estado da Administração Interna, vem a público informar os leitores dos jornais de Portugal que fez "um pré-acordo com o director do jornal (…) mas que ele não respeitou”.
O acordo, ao que parece, consistia em ler o trabalho antes de ser publicado.
O lápis azul de Ascenso Simões sublinhou o texto que se referia aos " dados curriculares, sendo retiradas referências ao facto de o político ter começado de baixo e subido na política a pulso, de ter sido funcionário do PS e de ter trabalhado na Câmara de Santa Marta de Penaguião. A nova versão menciona, apenas, os cargos de governante, deputado e vereador da oposição em Vila Real".
O rocambolesco acontecimento é real e passa-se numa pobre região de um país com mais de 30 anos de democracia.
Ao que parece, o ilustre representante do povo português, eleito pelo sistema democrático de um estado de direito, não gostou que a entrevista fosse publicada sem que a mesma fosse previamente sujeita ao sentido estético da sua leitura, e por esse motivo mandou retirar das bancas 2750 exemplares do Semanário Regional.
Agora, o secretário de Estado da Administração Interna, vem a público informar os leitores dos jornais de Portugal que fez "um pré-acordo com o director do jornal (…) mas que ele não respeitou”.
O acordo, ao que parece, consistia em ler o trabalho antes de ser publicado.
O lápis azul de Ascenso Simões sublinhou o texto que se referia aos " dados curriculares, sendo retiradas referências ao facto de o político ter começado de baixo e subido na política a pulso, de ter sido funcionário do PS e de ter trabalhado na Câmara de Santa Marta de Penaguião. A nova versão menciona, apenas, os cargos de governante, deputado e vereador da oposição em Vila Real".
Ora em todo este imbróglio, a atitude do director do Jornal de Notícias de Vila Real também não está isenta de responsabilidades, uma vez que cedeu aos caprichos do senhor político, já que com o mesmo negociou primeiro a prévia leitura da peça escrita, e depois, por ordem do governante, aceitou retirar da circulação os jornais já distribuídos.
Este caso surge-nos dentro da nossa região a ilustrar de algum modo a precariedade da liberdade de alguma imprensa regional, configurando-se como um caso real de sujeição e submissão para com o poder ou para com certos poderes instalados.














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